Zona ou Herpes-Zóster: das formas de transmissão ao tratamento
O QUE É A ZONA?
A zona ou herpes-zóster é uma doença infeciosa que resulta da reativação do vírus da varicela, ou seja, a zona só afeta pessoas que tenham tido varicela. Após a infeção inicial, que corresponde à varicela, o vírus inativo aloja-se em células nervosas. Contudo, pode reativar-se mais tarde, originando a doença.
QUEM PODE SER INFETADO?
Normalmente, a zona surge em pessoas mais velhas. No entanto, também pode afetar crianças.
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO
- Sistema imunitário mais debilitado (imunodeprimidos);
- Idade avançada;
- Contacto com outra pessoa infetada com varicela ou herpes-zóster;
- Infeção, traumatismo ou cirurgia.
TRANSMISSÃO
A transmissão do vírus da varicela ocorre através do contacto direto com as lesões cutâneas ou com objetos contaminados. O período de contágio decorre até as lesões da pele estarem em fase de crosta. Só os indivíduos que nunca tenham sido infetados pelo vírus varicela zóster estão em risco de contágio e, nesse caso, a pessoa contagiada irá manifestar varicela.
SINTOMAS
O principal sintoma são pequenos grupos de vesículas ou bolhas que se formam sobre uma área avermelhada. É mais frequente no tronco, mas pode surgir noutras localizações do corpo. As lesões surgem apenas num dos lados do corpo e não cruzam a sua linha média. As vesículas surgem durante 3 a 5 dias e evoluem para crostas, que acabam por desaparecer ao fim de 7 a 10 dias. Nos dias que antecedem o aparecimento das lesões da pele é comum haver dor, ardor ou comichão no local. A principal complicação da zona acontece quando a dor persiste mais de quatro semanas nas áreas afetadas, podendo ser bastante incapacitante e durar meses ou mesmo anos. Quando isto acontece, trata-se de neuralgia pós-herpética.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da zona é clínico e faz-se através da observação da área de pele afetada.
TRATAMENTO
O tratamento da zona é feito através da administração de medicamentos antivíricos por via oral, com especial importância nas primeiras 72 horas após o início das lesões, pois diminui a duração da doença e o risco de complicações. Além disso, é importante promover o alívio da dor, com recurso a analgésicos, assim como cuidados gerais com a pele, para impedir o surgimento de infeções secundárias.
PREVENÇÃO
A vacina contra o herpes-zóster diminui a probabilidade de se ter zona e está aprovada para pessoas com mais de 50 anos. A vacinação pode ser igualmente útil em pessoas imunodeprimidas, devendo esta situação ser avaliada, caso a caso, juntamente com o médico assistente.
Se desenvolver algum dos sintomas descritos, consulte um dos nossos especialistas.
Dra. Maria Miguel Canelas
Dermatologista
Clínica Santa Filomena | Coimbra, Olivais